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Estudos - Coorte 2004

Cada uma das 4.231 crianças que constituem a Coorte de 2004 é muito importante para o desenvolvimento das pesquisas em saúde em nível internacional. E o conjunto formado por essas crianças está sendo fundamental para o desenvolvimento de ações públicas que buscam melhorar a saúde da população em nível nacional e local.

Os dados da Coorte de 2004 provaram que com medidas sérias e planejadas é possível reverter os grandes problemas de saúde pública do País, como a mortalidade infantil. Em 1982, quando iniciou o primeiro estudo de coorte dos nascidos de Pelotas, a mortalidade infantil na cidade era muito alta. Morriam 36 crianças em cada mil. Desde então, os pesquisadores passaram a focar grande parte de seus estudos na busca pela prevenção dessas mortes. E perceberam que a maioria dos óbitos podia ser evitada.

No decorrer de 22 anos, foram implantadas na cidade diversas ações em cima dos números reais das pesquisas, como esforço para reduzir os nascimentos prematuros e campanhas de incentivo ao aleitamento materno. O resultado foi a redução do índice de mortalidade, praticamente, à metade. Em 2004 foram registradas 19,4 mortes em cada mil crianças e três anos depois, esse índice caiu para 12,3.

Esses dados só puderam ser conhecidos através da colaboração de milhares de mães que pouco depois do parto se dispuseram a responder dezenas de perguntas aos pesquisadores, além de permitir que seus bebês recém-nascidos passassem por exames de medidas e pesagens.

Mais do que a colaboração que deram aos pesquisadores no hospital, essas mães concederam seus endereços e, sem nenhum benefício direto imediato, abriram suas portas diversas vezes, durante anos, para que os pesquisadores acompanhassem o desenvolvimento de seus filhos. Todo o tempo despendido pelas mães e pelas próprias crianças, e todo o trabalho que os pesquisadores tiveram para acompanhar essas mais de quatro mil famílias, é hoje recompensado pelo conhecimento científico que está à disposição da população.

Confira alguns dados da Coorte de 2004


Nascimentos

  • 4.231 nascidos vivos em hospitais da cidade.

Idade das mães

  • De 12 a 46 anos
  • 18,9% das mães tinham menos de 20 anos.
    A idade materna aumentou com a renda familiar, sendo as mães de mais alta renda 4,3 anos mais velhas do que as mães mais pobres.

Sexo dos nascidos

  • 48,1 % meninas
  • 51,9 % meninos

Parto

  • 45,2% das mulheres fizeram cesariana.
    Cesariana é uma operação abdominal executada para retirar o bebê quando o parto normal não é possível ou seguro.

Cesariana

  • 64,5% das mulheres mais ricas fizeram cesarianas.
    Observou-se que as mulheres que apresentaram maior risco foram as que tiveram menos atendimento e atenção médica durante a gestação e parto comparado com as mulheres que apresentaram baixo risco.

Peso ao nascer

  • Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) o peso de nascimento é o fator mais importante na sobrevivência infantil. Crianças com baixo peso ao nascer (menos de 2,5kg) têm maior risco de adoecer e morrer do que crianças com peso adequado. Das 4.231 crianças, 424 nasceram com baixo peso.

Amamentação

  • 97,2% das crianças foram amamentadas.
  • 56% estavam sendo amamentadas aos 6 meses de vida.
    Sabe-se que crianças não amamentadas apresentam 30% mais risco de morte no primeiro ano de vida. A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que todas as crianças sejam amamentadas no mínimo até os seis meses podendo seguir até os dois anos de idade.

A amamentação aumentou bastante em 22 anos:

  • 1982 - os bebês mamavam em média 3,1 meses.
  • 1993 - os bebês mamavam em média 4 meses.
  • 2004 - os bebês mamavam em média 6,8 meses.

Fumo

  • 27,6% das mães fumaram durante a gravidez.
    Os bebês nascidos de mãe fumantes apresentaram um índice de baixo peso duas vezes maior do que os bebês nascidos das mães não-fumantes. Sabe-se que o baixo peso ao nascer é uma das principais causas de morte dos recém-nascidos.

Mortalidade

  • Dos 4.231 nascidos, 82 morreram no primeiro ano de vida.
    A mortalidade infantil foi 4,4 vezes maior entre os mais pobres do que entre os mais ricos.
    Constatou-se que o maior risco de morte ocorre até a criança completar um ano. Por isso, a atenção à saúde nesta fase deve ser reforçada pelos pais e pelos médicos.

A amamentação aumentou bastante em 22 anos:

  • 1982 - os bebês mamavam em média 3,1 meses.
  • 1993 - os bebês mamavam em média 4 meses.
  • 2004 - os bebês mamavam em média 6,8 meses.

A mortalidade entre as crianças diminuiu em 22 anos:

  • 1982 - morriam 36 crianças a cada mil.
  • 1993 - morriam 21,2 crianças a cada mil.
  • 2004 - morriam 19,4 crianças a cada mil.

Mesmo com a queda nos índices de mortalidade, os pesquisadores seguem trabalhando com o objetivo de diminuir ainda mais o número de óbitos entre crianças. Sabe-se que a redução dos partos prematuros e o aleitamento materno são fatores importantes para evitar a morte no primeiro ano de vida.

Desenvolvimento das crianças

Crianças mais desenvolvidas foram estimuladas da seguinte forma:

  • Ouvindo histórias lidas por adultos.
  • Tendo um livro de histórias.
  • Fazendo visitas a amigos e parentes.
  • Passeando em parques.
  • Assistindo um pouco de televisão.

Estudos comprovaram que além das práticas listadas, jogos, brincadeiras, adivinhações e teatrinhos estimulam o desenvolvimento de crianças nos primeiros anos de vida.

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Dúvidas

Se você tiver dúvida sobre qualquer etapa do estudo, entre em contato conosco. Teremos imenso prazer em atendê-lo.

Nome: Nathália Victória

Fone: +55 (53) 3284-1300 Ramal 368

Email: coorte2004@gmail.com


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Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia - Centro de Pesquisas Epidemiológicas