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Sala de Imprensa

21/11/2014

Defesa de dissertação "Desigualdades sociais dos comportamentos de risco para a saúde em adolescentes: comparação de duas coortes de nascimentos, Pelotas (RS)”

Aluno: Leidy Johanna Ocampo Arroyave

Local: Auditório A

Data: 24/11/2014

Hora: 08:30

Orientador: Helen Gonçalves

Banca: Ricardo Pinheiro (UCPel – PPGSC) e Cesar Victora 

 

A adolescência é uma etapa de desenvolvimento importante para a consolidação de comportamentos e estilos de vida. Alguns comportamentos dos adolescentes podem colocar em risco a saúde e a sua vida. Os mais conhecidos são o consumo excessivo de álcool, o uso de drogas ilícitas, a iniciação sexual no início da adolescência e a ausência de prevenção para doenças sexualmente transmissíveis. No Brasil, nas últimas décadas, houve importantes mudanças políticas para prevenir esses comportamentos. Entre elas, a proibição de fumarem em locais fechados, a venda proibida de álcool para menores de 18 anos e a educação sexual para adolescentes (campanhas para uso de preservativos em todas as relações). Ao longo dos últimos 10 anos, não houve uma vigilância contínua sobre se os resultados de algumas medidas mudaram os comportamentos. Nem todas as ações produzem resultados positivos com impacto nos indicadores de saúde.

Um estudo realizado pela mestranda Leidy Ocampo, do Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia da Universidade Federal de Pelotas, orientada pelas professoras Helen Gonçalves e Maria Clara Restrepo, investigou a tendência nos últimos 10 anos desses comportamentos em Pelotas e as desigualdades socioeconômicas. O estudo analisou os dados dos adolescentes aos 18 anos de idade dos participantes dos estudos de coorte de nascimentos, em Pelotas, nos anos de 1982 e 1993. Os resultados mostraram que:

-Diminuiu o número de adolescentes que experimentaram álcool antes dos 14 anos de idade. Em 2000-01 eram 37,5% e em 2011 foram 27,8% e essa diminuição foi maior entre os que pertenciam a famílias com maior renda;

-Diminuiu o relato de uso de drogas ilícitas; de 31,8% em 2000-01 para 15,7% em 2011;

-Houve uma diminuição dos adolescentes que fumavam pelo menos uma vez na semana (29,5% - 2000-01 e 22,6% - 2011). Essa diminuição ocorreu mais entre os mais pobres;

-Menos adolescentes afirmaram que não usaram preservativos alguma vez na vida em suas relações (8,9% em 2000-01 e 6,5% 2011);

-Mais adolescentes começaram a se relacionar sexualmente mais cedo (antes dos 15 anos), especialmente os de famílias com menor renda: em 2000-01 eram 56,6% e em 2001 foram 59%.

-Mais meninas começaram a se relacionar sexualmente antes dos 16 anos;

-O número de adolescentes com mais de três parceiros sexuais até os 18 anos aumentou (de 48,6% para 56,5%), especialmente entre os pertencentes as famílias com maior renda mensal




Fonte: PPGE





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