Facebook

Sala de Imprensa

16/05/2020

Manaus é a primeira cidade a concluir os testes

 Pesquisa inédita sobre coronavírus no Brasil segue no final de semana

A pesquisa inédita que vai estimar o percentual de brasileiros com anticorpos para o coronavírus e a velocidade de expansão da doença no Brasil, encomendada pelo Ministério da Saúde e coordenada pela Universidade Federal de Pelotas, entra no final de semana com desafios logísticos e burocráticos, mas com grande adesão da população. Já foram quase 10.000 testes realizados, em todos os estados do Brasil. A coleta de dados é de responsabilidade do IBOPE.

A pesquisa, destaque de capa do site oficial do Ministério da Saúde, (https://saude.gov.br/), inclui 133 cidades, de todos os estados do país. Manaus, exatamente a cidade brasileira mais atingida pela pandemia, foi a primeira cidade do Brasil a completar a coleta de dados. Foram 250 testes realizados.

“Fica o nosso agradecimento a todos as autoridades de Manaus, em especial ao Prefeito Arthur Virgílio Neto, que não mediu esforços para garantir a segurança da nossa equipe, compreendendo a importância da pesquisa e a gravidade da pandemia”, destaca o coordenador geral do estudo e reitor da UFPel, Pedro Hallal.

Até as 20h30 desta sexta-feira (15), 9.321 entrevistas e testes já haviam sido realizados. Na Região Norte, as equipes concluíram 2.231 do total de 5 mil testes previstos. No Nordeste, foram realizados 2.353 de um total de 10,5 mil testes previstos. No Sudeste, esses números foram de 1.809 - de um total de 6,5 mil. No Sul, as equipes já aplicaram 1.855 de um total de 5.250 testes. E no Centro-Oeste, incluindo a capital Brasília, já foram conduzidos 1.073 de 3.750 testes previstos. 

Na análise dos estados da região Norte, o Amazonas é o único cujo número de entrevistadas realizadas representa mais da metade da meta. Os menores números são  observados no Pará, onde 1.219 testes ainda precisam ser realizados até o final da coleta de dados, previsto para domingo (dia 17). 

No Nordeste, a coleta de dados está mais avançada na Bahia, com mais de 800 testes já realizados, e em Sergipe, onde mais da metade dos testes já foram feitos. Já em Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte, o trabalho de campo está severamente atrasado por dificuldades logísticas e burocráticas. 

Na região Sul, o Rio Grande do Sul, estado onde a pesquisa se originou, já realizou praticamente metade dos testes previstos. O estado possui pesquisa semelhante em andamento, que teve três fases concluídas, cada uma incluindo cerca de 4.500 pessoas. A coleta de dados também transcorre dentro do previsto no Paraná, com mais de 600 testes realizados. O destaque negativo é Santa Catarina, onde pouco mais de 200 testes, de um total de 1.750 previstos, foram conduzidos.

No Centro-Oeste, mais da metade das 250 previstas para Brasília já foram realizadas. Em Goiás e no Mato Grosso do Sul, a pesquisa avança bem, enquanto no Mato Grosso, apenas 81 testes foram possíveis nesses dois primeiros dias de coleta de dados. 

 As equipes do IBOPE trabalham normalmente em 80 das 133 cidades. No entanto, os pesquisadores estão parados em 42 municípios, aguardando autorização para início da coleta de dados, embora o projeto já tenha sido aprovado pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa há várias semanas, e o Ministério da Saúde já tenha enviado ofício às Secretárias de Saúde e destaque a pesquisa no seu site oficial. Nas onze cidades restantes, os problemas logísticos e burocráticos foram tão grandes, que o trabalho está sem previsão de retorno, aguardando a sensibilização das autoridades locais.   

O coordenador geral da pesquisa ressalta que “o desafio de implementar uma pesquisa em todo o país, de forma tão rápida, é enorme, mas a emergência causada pela pandemia exige que nós, pesquisadores, saibamos responder com agilidade, para produzir dados científicos que podem ajudar a salvar milhares de vidas. Precisamos agora contar com a colaboração dos Governadores, Prefeitos e Secretários de Saúde, para que o estudo transcorra normalmente”, conclui Hallal.




Fonte: Assessoria de Imprensa





Voltar

Veja Também


Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia - Centro de Pesquisas Epidemiológicas