Estudo populacional de prevalĂȘncia da SĂndrome PrĂ©-menstrual em uma cidade brasileiraPopulation study of prevalence of Premenstrual syndrome in a Brazilian city Objetivo: Estudar a prevalĂȘncia e fatores associados Ă SĂndrome PrĂ©-menstrual(SPM) e comparar a prevalĂȘncia da SPM encontrada com a prevalĂȘncia da SPM auto-referida. MĂ©todos: Em um estudo transversal, de base populacional, com mulheres de 15 a 49 anos, questionĂĄrios domiciliares foram aplicados para medir a prevalĂȘncia de SPM atravĂ©s de um escore, construĂdo a partir de cinco sintomas prĂ©-menstruais que interferiam na vida familiar ou levavam Ă falta ao trabalho ou a escola. AssociaçÔes entre alguns fatores socioeconĂŽmicos, demogrĂĄficos e comportamentais e SPM foram estudados. SPM auto referida foi investigada e considerando o escore de SPM como padrĂŁo ouro, sua sensibilidade e especificidade foram testadas. Resultados: A prevalĂȘncia de SPM foi de 25,2% (IC 95% 22,5; 27,9) e de SPM auto-referida 60,3% (IC 95% 57,4; 63,3). Os principais sintomas prĂ©-menstruais foram: irritabilidade, desconforto abdominal, nervosismo, cefalĂ©ia, cansaço e mastalgia, todos acima de 50 % de prevalĂȘncia. Mulheres de melhor nĂvel econĂŽmico, maior escolaridade, menores de 30 anos e com pele branca apresentaram risco mais elevado. As usuĂĄrias de psicofĂĄrmacos e as que nĂŁo usavam anticoncepção hormonal apresentaram maior prevalĂȘncia. A sensibilidade do teste foi de 94%, a especificidade 51% e a acurĂĄcia 62%. ConclusĂ”es: Foi alta a prevalĂȘncia de SPM em Pelotas e, embora a percepção das mulheres seja maior do que aquela medida com o escore, ainda assim, um quarto das mulheres apresenta esse problema de saĂșde. Descritores: SĂndrome PrĂ©-Menstrual, PrevalĂȘncia, Sintomas prĂ©-menstruais, Fatores de Risco, InquĂ©ritos. Objective: To study the prevalence and associated factors of the Pre MenstrualSyndrome (PMS), by characterizing its most common symptoms, and compare the prevalence with self-reported PMS. Methods: In a cross-sectional population-based study, including women aged 15 to 49 years old, questionnaires were applied at home to measure PMS prevalence, through a score based on five premenstrual symptoms that interfered in family life or that led to work or school absence. The association between some socioeconomic, demographic and behavioral variables and PMS were investigated. Self-reported PMS was investigated and taking into account PMS score as the gold standard, the sensitivity and specificity of the selfreported PMS were tested. Results: The prevalence of PMS was of 25.2% (CI 95% 22,5; 27,9) and of the self-reported PMS was of 60.3% (CI 95% 57,4; 63,3). The main symptoms found were: irritability, stomachache, nervousness, headache, fatigue and mastalgia, all of them with more than 50% of prevalence. Women with white skin, higher economic level, better education level and younger than 30 years old presented greater risk of PMS. Psychotropic drugs users, and women who were not in use hormonal contraceptive presented a higher prevalence of PMS.The self-reported PMS sensitivity was of 94%, the specificity was of 51% andthe accuracy of 62%. Conclusions: Although self-reported PMS was higher than those measured bythe symptoms score, about one quarter of women presented PMS based on fivepremenstrual symptoms and repercussions in womenâs daily life. Keywords: Premenstrual Syndrome, Prevalence, Risk Factors, PremenstrualSymptoms, Cross-sectional. |