Aluno:Kátia Márcia Ngale
Título: Co-leito com a mãe e hospitalizações no primeiro ano de vida: Estudo de coorte de nascimentos de Pelotas, 2004.
Área de concentração:Epidemiologia
Orientador:Iná da Silva dos Santos
Banca examinadora:Bernardo Lessa Horta; Lorena Geib.
Data defesa:01/11/2010
Palavras-chave:Hospitalizações; Co-leito; Epidemiologia
A aluna Kátia Ngale, de Moçambique, sob orientação da Professora Iná dos Santos e co-orientação do Dr David Chica, investigou o possível efeito do “co-leito”, definido como o compartilhamento da cama à noite, para dormir, pela mãe e a criança, sobre o risco de a criança hospitalizar por pneumonia ou diarréia no primeiro ano de vida. O estudo é requisito do Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia da Faculdade de Medicina da UFPel para obtenção do título de Mestre. Foram analisadas 4147 crianças da Coorte de Nascimentos de Pelotas do ano de 2004. O co-leito é uma prática muito comum em nosso meio. Dados da Coorte de 2004 mostraram que, em Pelotas, cerca de 46% das mães dormem com os bebês na própria cama nos primeiros 3 meses de vida e que essa prática se estende por todo o primeiro ano de vida da criança. O co-leito é muito freqüente também em outros países, tanto desenvolvidos quanto em desenvolvimento, e está na dependência de uma série de fatores sociais e ambientais, inclusive o clima. Ainda, em nosso meio, o co-leito é promotor do aleitamento materno no primeiro ano de vida. A incidência de hospitalizações foi maior entre as crianças com co-leito, mas o aleitamento materno modifica esse risco: a incidência de hospitalizações por pneumonia entre as crianças com co-leito é diferente para crianças amamentadas e não amamentadas. O co-leito sem amamentação dobra o risco de hospitalizar por pneumonia no primeiro ano de vida.