Facebook

Teses e Dissertações


2010


Aluno:Maria Regina Reis Gomes

Título: Mortalidade infantil por malformações congênitas e a epidemia de rubéola em Pelotas em 2007

E-mail:

Área de concentração:Saúde Pública

Orientador:Juvenal Soares Dias da Costa

Banca examinadora:Juraci Almeida Cesar-UFPel; Marcos Pascoal Patussi

Data defesa:01/02/2010

Palavras-chave:Mortalidade infantil, rubeola, epidemiologia

A mortalidade infantil é um importante indicador de saúde, pois está relacionado diretamente às condições de vida de um país. Em Pelotas após um período de 10 anos de tendência estável do coeficiente de mortalidade infantil, houve diminuição deste coeficiente a partir de 2006. Várias ações foram desenvolvidas pelo município e tiveram resultado positivo, diminuindo a mortalidade infantil, destacando a criação do Comitê Municipal de Investigação de Óbito Infantil e Materno. Com estas mudanças a mortalidade especifica por malformação congênita passou a ser a 3ª causa de óbito a partir de 2006. No ano de 2007, houve uma epidemia de rubéola em Pelotas. O vírus circulou entre a população de adultos jovens com vida sexual ativa, na faixa etária de 20 a 39 anos. Dos infectados, 74,2% foram homens e 25,8% mulheres. Dentre as ações para controle da epidemia destaca-se a imunização com vacina dupla viral (rubéola e sarampo). Utilizada inicialmente como bloqueio vacinal nos contatos dos casos suspeitos de rubéola e, logo que foi caracterizada epidemia, a secretaria municipal de saúde realizou campanha de vacinação com vacina dupla viral para toda população entre 20 e 39 anos em Pelotas. É bem descrito na literatura que após um surto ou epidemia de rubéola, no ano subseqüente haver casos de síndrome da rubéola congênita, aumento da mortalidade infantil por malformação congênita e aumento de crianças nascidas com mal formação congênita. Este estudo foi realizado pela aluna do Mestrado Profissional em Saúde Pública Baseada em Evidências, do Programa de Pós-graduação em Epidemiologia da Universidade Federal de Pelotas, Maria Regina Reis Gomes, sob orientação do 43 Professor Dr. Juvenal Soares Dias da Costa, com objetivo de verificar as conseqüências da epidemia de rubéola na mortalidade infantil e na mortalidade por malformação congênita no ano de 2008 no município de Pelotas. Foram utilizados dados oficiais do sistema informação de mortalidade e nascimento do município, bem como dados do sistema de informação de agravos de notificação. Verificada a tendência linear da mortalidade infantil e da mortalidade especifica por malformação congênita. A análise foi realizada com dados do período de 1996 a 2008 das crianças nascidas e residentes em Pelotas. Foi identificado, em 2008, apenas um caso de síndrome da rubéola congênita confirmado. Observando a tendência de mortalidade infantil e de mortalidade por malformação congênita, observa-se, que mesmo com a epidemia de rubéola, a tendência de diminuição da mortalidade infantil se manteve em 2008 e para mortalidade por malformação congênita não houve alteração em 2008 com relação a 2007. Isso indica que as ações desenvolvidas pelo município para diminuição da mortalidade infantil e controle da epidemia de rubéola foram efetivas e tiveram resultado positivo mantendo as tendências dos coeficientes de mortalidade infantil e por malformação congênita.


Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia - Centro de Pesquisas Epidemiológicas