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Teses e Dissertações


2013


Aluno:Franklin Corrêa Barcellos

Título: Efeitos do exercício físico em pacientes hipertensos com doença renal crônica: ensaio clinico randomizado

E-mail:franklin.sul@terra.com.br

Área de concentração:

Orientador:Pedro Curi Hallal

Banca examinadora:Maria Cecília Formoso Assunção (UFPel), Airton Rombaldi (UFPel) e Fernando Saldanha Thomé (UFRGS).

Data defesa:17/04/2013

Palavras-chave:Atividade física, Hipertensão, Doença renal

Introdução: A doença renal crônica (DRC) constitui hoje um importante problema de saúde pública. Enquanto apenas 0,1 % da população encontra-se em tratamento dialítico, aproximadamente 4,5% dos indivíduos apresentam algum grau de disfunção renal (taxa de filtração glomerular <60 ml/min.x1,73 m2). Os pacientes portadores de DRC apresentam uma elevada morbimortalidade por doença cardiovascular (DCV), com baixa qualidade de vida e sobrevida, além de gastos elevados decorrentes do tratamento. A hipertensão arterial (HAS) é tanto causa como uma complicação de DRC e ambas são fatores de risco para DCV. Os nefropatas que não estão em diálise são menos estudados do que os em diálise. Estratégias são necessárias para manter a função renal destes pacientes e atenuar os fatores de risco para DCV.
O sedentarismo pode ser um importante determinante da morbimortalidade destes pacientes. Assim, este estudo pretende determinar, em indivíduos com DRC hipertensos que não estejam em diálise, o efeito do exercício físico na função renal, na sua qualidade de vida, pressão arterial, perfil lipídico, anemia, excreção de proteínas na urina e na contagem de células progenitoras endoteliais periféricas.
Metodologia: Ensaio clínico randomizado em pacientes hipertensos com DRC. Os participantes serão localizados através do rastreamento de pacientes hipertensos atendidos na rede de postos de saúde de Pelotas cadastrados no Programa HiperDia. Os elegíveis (taxa de filtração glomerular entre 15 e 59 ml/min.x 1,73 m2) serão convidados a ingressar no estudo.
Após realização dos exames basais, os participantes serão designados aleatoriamente ao grupo intervenção (GI) ou ao controle (GC). A randomização será feita em blocos de tamanho fixo de seis pessoas, de forma a alocar 100 participantes em cada grupo.
Na linha de base, serão coletadas informações sobre variáveis demográficas, socioeconômicas, comportamentais, antropométricas, pressão arterial e qualidade de vida, além da realização de exames laboratoriais (hemograma, perfil lipídico, glicemia, marcadores inflamatórios e número de células progenitoras periféricas endoteliais). A intervenção consistirá em duas sessões semanais de exercício físico com duração de 60 minutos cada. As sessões compreenderão exercícios com o objetivo de melhorar a aptidão cardiorrespiratória (60% do tempo das sessões), resistência muscular localizada (30% do tempo das sessões) e flexibilidade (10% do tempo das sessões). Os pacientes dos dois grupos, intervenção e controle, serão reavaliados e comparados, no período intermediário do estudo (10 semanas), ao final da intervenção (20 semanas) e 10 semanas após o término da intervenção. Os desfechos serão: taxa de progressão da função renal, qualidade de vida, pressão arterial, perfil lipídico, hemoglobina, proteína C reativa ultra-sensível, índice tornozelo-braço e número de células progenitoras endoteliais periféricas.
Relevância: O presente estudo pretende contribuir para o preenchimento da lacuna do conhecimento a respeito do impacto do exercício físico em pacientes com DRC em tratamento conservador.


Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia - Centro de Pesquisas Epidemiológicas