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Teses e Dissertações


2017


Aluno:Luís Paulo Vidaletti Ruas

Título: Uma análise da concordância da classificação de posição socioeconômica utilizando o consumo domiciliar e o índice de riqueza e sua capacidade explicativa em relação ao déficit de altura em crianças

E-mail:

Área de concentração:

Orientador:Aluísio Barros

Banca examinadora:Andréa Dâmaso e César Tejada

Data defesa:24/02/2017

Palavras-chave:

O índice de riqueza é uma medida de Posição Socioeconômica (PSE) amplamente utilizada, tanto na coleta de dados primários quanto na análise de dados secundários, mas não há atualmente muitos trabalhos metodológicos sob o foco dessa abordagem. Alguns autores visualizam o índice de riqueza como um proxy simples, racional e confiável para o gasto com consumo (HOWE, 2009).
Entretanto, a definição das variáveis e métodos mais adequados para classificar os indivíduos quanto à posição socioeconômica em diferentes contextos, bem como para analisar alterações ocorridas ao longo do tempo, ainda é um tema controverso (BARROS; VICTORA, 2005; HOWE, 2009; HOWE et al., 2009; HOWE et al., 2011; HOWE et al., 2012).
A análise de componentes principais (ACP) é o método mais amplamente utilizado para a ponderação dos indicadores em um índice de riqueza. Porém, existem preocupações importantes sobre a utilização de ACP para essa finalidade (HOWE, 2009). As implicações práticas destas preocupações e possíveis alternativas à ACP têm recebido pouca atenção na literatura.
Os índices de riqueza são muitas vezes construídos para as áreas urbanas e rurais juntas, apesar do fato de que muitos dos indicadores mais usados têm um viés urbano. As consequências deste viés não são muito conhecidas (HOWE, 2009).
Embora haja uma variedade no número e nos tipos de indicadores utilizados para construir um índice de riqueza, muitos pesquisadores coletam e usam um conjunto de indicadores semelhantes aos utilizados nos índices de riqueza DHS (HOWE, 2009). As consequências da utilização desses diferentes números e tipos de indicadores também não são conhecidas.
O índice de riqueza demonstra relações fortes e consistentes com a saúde através de uma gama de resultados e configurações. Ele é usado para monitorar e comparar as desigualdades na saúde, para controlar os efeitos de confusão da PSE e para avaliar o impacto na igualdade de políticas, programas e intervenções. Apesar disso, a utilização ampla dessa abordagem e os processos socioeconômicos que estão sendo capturados pelo índice de riqueza permanecem largamente inexplorados e desconhecidos, levando a uma interpretação incerta e a uma relevância política de resultados.
A gama de indicadores de PSE utilizados em estudos epidemiológicos em países de renda baixa e média é bastante limitada, com o índice de riqueza, educação e ocupação / emprego sendo de longe as medidas mais utilizadas. Há pouca discussão na literatura de opções alternativas para a escolha do indicador de PSE. Em pesquisas epidemiológicas de países de renda baixa e média, as implicações do uso do índice de riqueza, ao invés de serem alternativas potenciais de indicadores, não são conhecidos.


Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia - Centro de Pesquisas Epidemiológicas