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Teses e Dissertações


2000


Aluno:Sérgio Tessaro

Título: Contraceptivos Orais, Amamentação e Câncer de Mama. Um estudo de caso-controle na Zona Sul do Rio Grande do Sul

E-mail:tessaro.sul@zaz.com.br

Área de concentração:Epidemiologia

Orientador:Jorge Umberto Béria

Banca examinadora:Jorge Umberto Béria (Presidente), Diógenes Baségio (UPF), Luiz Augusto Facchini (UFPEL), Maurício Lima (UFPEL), José Ricardo Paciência Rodrigues (UNESP)

Data defesa:11/12/2000

Palavras-chave:neoplasia de mama, contraceptivos orais, estudo de casos e controles

Breastfeeding and Breast Cancer:A Case-control Study in the Southern Region of Rio Grande do Sul, Brazil Several epidemiological studies question the relationship between breastfeeding and breast cancer. To investigate this relationship in our environment, a case-control design was employed, with two control groups, leveled by age. 250 cases of breast cancer were identified in women between the ages of 20 and 60. 1020 hospital and neighborhood controls were recruited. The main variables studied were occurrence of breastfeeding and duration of breastfeeding in pre- and post-menopause. A multivariate analysis through conditional logistic regression was employed, for confounder control. Amongst the cases were registered two refusals and six losses (2.9%), and amongst the controls, 32 refusals (3.9%). Breastfeeding was not found to have a protective effect against breast cancer. The odds ratio (OR) for women who breastfed was 0,5 (IC 95% 0,5-1,2) compared to women who did not. For women who breastfed for six months or less, the OR was of 1.0 (95% CI 0.6-1.8). In pre-menopause women who breastfed for more than 25 months, the OR was 0.95 (95% CI 0.5-3.5) and in post-menopause women it was 1.27 (95% CI 0.5-3.1) compared to the group of women who did not breastfeed.Keywords: breast cancer, breastfeeding , case-control study.

Contraceptivos orais e câncer de mama: estudo de casos e controles na Zona Sul do Rio Grande do Sul Objetivo: Investigar a associação entre o uso de contraceptivos orais (CO) e câncer de mama na Zona Sul do Rio Grande do Sul, Brasil. Método: Identificou-se 250 casos incidentes de câncer de mama com 20 a 60 anos de idade a partir de laboratórios de patologia e 1020 controles hospitalares e de vizinhança. Os controles foram pareados aos casos por idade. A análise ajustada foi realizada por regressão logística condicional para estimar as razões de odds (RO). Resultados: Não se encontrou associação entre uso de contraceptivos orais e câncer de mama (RO=1,1; IC95%0,7-1,6 para controles hospitalares e RO=0,9; IC95%0,6-1,6 para controles de vizinhança), nem para diferentes tempos de uso ou idades de início. Ao separar os casos por idade de diagnóstico do câncer de mama e tempo de uso dos CO, verificou-se que mulheres com mais de 45 anos que haviam utilizado contraceptivos por cinco anos ou mais tiveram RO de 1,6 (IC95% 0,9-3,0) entre controles hospitalares e de 1,3 (IC95% 0,7-2,6) entre controles de vizinhança, respectivamente. Para aumentar o poder realizou-se análise com os 250 casos e os 1020 controles resultando uma razão de odds de 1,6 (IC95% 1,0-2,4), sem significância estatística. Conclusão: Este estudo não encontrou associação entre uso de CO e câncer de mama em geral, assim como entre faixas etárias e tempo de uso do CO. Ao analisar todos os casos e controles conjuntamente, evidenciou-se um risco aumentado no subgrupo de mulheres usuárias por mais de cinco anos e com idade superior a 45 anos, porém não houve significância estatística, embora estivesse muito próximo.(p=0,05)Palavras-chave: neoplasia de mama, contraceptivos orais, estudo de casos e controles. CONTRACEPTIVOS ORAIS E CÂNCER DE MAMA: Uma Revisão SistemáticaObjetivo: Desde o lançamento dos contraceptivos orais (CO), vários estudos têm sido publicados sobre seus efeitos. A relação entre contraceptivos orais e câncer de mama tem se mostrado controversa em alguns pontos. Métodos: Realizou-se uma revisão bibliográfica sistemática, através das bases de dados MEDLINE, LILACS e Current Contents, em que 54 estudos, selecionaram-se 45, que abordavam a relação do uso de CO e câncer de mama. Resultados: Dez estudos de caso-controle, utilizando controles de base populacional e três de base hospitalar, não referem associação positiva entre CO e câncer de mama, embora dez estudos de base hospitalar têm evidenciado essa associação. Na maioria dos trabalhos, as evidências mostram que as usuárias de contraceptivos orais, em geral, não apresentam maior risco de câncer de mama que as não usuárias. Nos estudos individuais, somente o estudo de caso-controle de Miller et al encontrou associação positiva de duas vezes mais para o câncer de mama, comparadas com as não usuárias. Quanto à associação entre o tempo de uso dos contraceptivos orais e o câncer de mama, verificou-se que alguns estudos encontraram associação positiva para o câncer de mama.. Em relação ao uso dos CO antes do primeiro filho, somente três estudos mostraram associação positiva ao câncer de mama. Conclusão: As evidências atuais mostram que as mulheres usuárias do CO tem 24% mais chance de câncer de mama, quando do seu diagnóstico.Palavras Chaves: Contraceptivos orais, câncer de mama e uma revisão sistemática.


Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia - Centro de Pesquisas Epidemiológicas