Aluno:Inácio Crochemore Mohnsam da Sllva
Título: Associação entre práticas de atividade fÃsica e caracterÃsticas do ambiente
E-mail:inacio_cms@yahoo.com.br
Área de concentração:
Orientador:Pedro Curi Hallal
Banca examinadora:Alex Florindo, Marlos Domingues e Helen Gonçalves
Data defesa:14/01/2015
Palavras-chave:Coorte 1982, Coorte 1993, Coorte 2004
Os benefÃcios da atividade fÃsica para a saúde em nÃvel individual e populacional já estão bem documentados, assim como as baixas prevalências de estilos de vida ativo em todas as faixas etárias. Fatores associados a maiores nÃveis de atividade fÃsica são importantes para elaboração de estratégias de promoção deste comportamento. Neste contexto, o ambiente onde as pessoas vivem merece atenção especial, pois ser ou não ativo fisicamente está além de uma simples escolha individual. Uma descrição dos nÃveis de atividade fÃsica em crianças (7 anos), adolescentes (18 anos) e jovens adultos (30 anos) foi realizada no último acompanhamento das coortes de nascimento de 2004, 1993 e 1982 da cidade Pelotas (entre 2010 e 2013), respectivamente. A prática de atividade fÃsica total (todos os domÃnios) foi avaliada por meio de acelerômetros (monitores de atividade fÃsica) por utilizados um perÃodo de quatro a sete dias. As crianças da coorte de 2004 e os adolescentes da coorte de 1993 praticaram em média 45 e 43 minutos de atividade fÃsica moderada e vigorosa (AFMV) por dia, respectivamente. Já os jovens adultos da coorte de 1982 realizaram em média 25 minutos de AFMV por dia. Além disso, a prática de atividade fÃsica foi menor entre as participantes do sexo feminino e aqueles pertencentes à parcela mais rica da população. Especificamente entre os participantes da coorte de 1993, foi avaliada a associação entre atividade fÃsica e o ambiente fÃsico do local onde os mesmos residiam. A avaliação foi realizada por meio da geocodificação dos membros da coorte e as variáveis de ambiente foram geradas a partir do Sistema de Informações Geográficas (SIG). Maior iluminação pública foi positivamente associada com AFMV total, enquanto que a maior proporção de ruas pavimentadas e maior média de renda em torno da residência dos participantes foram associadas negativamente com AFMV total. Residir perto da orla da Lagoa dos Patos foi associado a um odds três vezes maior de realização de AFMV, especificamente no lazer (OR: 3.3; CI95%: 1.37; 8.02). Além disso, entre os jovens pertencentes ao tercil intermediário de nÃvel socioeconômico, morar em locais com maior iluminação pública e próximo de ciclofaixas/ciclovias aumentou o odds de realização de atividade fÃsica no deslocamento (OR = 1.22; 95%CI: 1.01; 1.47 e OR = 1.77; 95%CI: 1.05; 2.96, respectivamente). Os espaços públicos de lazer, que não influenciaram a prática de atividade fÃsica dos jovens, foram foco de um estudo especÃfico sobre sua qualidade e distribuição geográfica na cidade. Evidenciou-se, principalmente, a falta de adequação dos espaços para a prática de atividade fÃsica e uma distribuição geográfica desigual, com concentração desses espaços majoritariamente em setores censitários com maior média de renda e menor densidade populacional. Por fim, uma revisão sistemática da literatura foi realizada sobre a associação entre atividade fÃsica e segurança contra crimes, um dos fatores ambientais que potencialmente influencia estilos de vida ativo. O conjunto de evidências disponÃveis não identificou a existência desta associação, tanto na população geral de adultos, quanto em grupos especÃficos como mulheres e idosos.