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Sala de Imprensa

16/11/2015

Defesa de tese: Renda e perda dentária em adultos: resultados de meta-análise e de achados da coorte de nascidos vivos no ano de 1982 de Pelotas-RS

Orientador: Flávio Demarco

Banca: Aluísio J Barros, Marcos B Correa e Thiago Ardenghi

Local: Auditório Kurt Kloetzel

Data: 27/11/2015

Hora: 14h

Apresentador: Lenise M. Seerig

 

A perda dentária é um dos indicadores marcantes de desigualdade social. Nos últimos anos, mais precisamente a partir do ano de 2004, o Brasil dispõe de política pública nacional de saúde bucal (PNSB), o Brasil Sorridente, política que inclui a saúde bucal no SUS, a qual tem como objetivo melhorar o acesso à saúde bucal da população.

O centro de pesquisas epidemiológicas de Pelotas, por meio de tese de doutorado envolvendo a coorte de nascimentos de 1982, pode verificar como está a situação dos pelotenses aos 31 anos, em relação às perdas dentárias. Os resultados demostraram que há relação direta entre a perda dentária e a renda ao nascer do indivíduo. Ou seja, pessoas que nasceram pobres, com menos de um salário mínimo de renda familiar, terão mais dentes perdidos na vida adulta.

No mesmo estudo pode ser avaliado se mudanças de renda para melhor ou pior durante a vida poderiam reduzir o risco de perdas dentárias e também se as pessoas que passam mais tempo de suas vidas pobres, acumulando o risco decorrente da pobreza, perderiam mais dentes. Os resultados apontaram na mesma direção. O risco de perder dentes em quem fica ao longo dos 31 anos de vida na pobreza é três vezes maior do que quem nunca foi pobre.  Já o risco em quem ficou menos tempo pobre, em dois pontos de suas vidas,  é cerca de duas vezes maior do que entre as pessoas ricas.

A coorte de nascimentos de 1982 avalia a saúde bucal das pessoas estudadas desde 1997, quando os indivíduos estavam com 15 anos. Estes acompanhamentos são realizados por meio de exame clínico feito por dentistas formados, o que possibilitou que nesta tese também pudesse ser estudado quem necessita extrair dentes, mas não o faz, indicando que o acesso aos serviços de Odontologia, mesmo depois da PNSB, ainda não é o ideal e os que mais precisam (os mais pobres) ainda não estão recebendo a atenção adequada.

 

 




Fonte: PPGE





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