Aluno:Inácio Crochemore Mohnsam Silva
Título: Associação entre suporte social e atividade fĂsica no lazer em adultos
Área de concentração:Epidemiologia
Orientador:Helen Gonçalves
Banca examinadora:Rodrigo Siqueira Reis (UFPR) e Pedro Hallal (UFPel).
Data defesa:08/11/2010
Palavras-chave:atividade fĂsica, suporte social, lazer
O professor de Educação FĂsica Inácio Crochemore Mohnsam da Silva realizou um estudo em Pelotas, entrevistando 2.732 indivĂduos com o objetivo de analisar se o recebimento de apoio de familiares ou de amigos influencia a prática de atividade fĂsica. A pesquisa, orientada pelos professores Dr. Mario Renato Azevedo JĂşnior e Dra. Helen Gonçalves, foi realizada entre janeiro e abril de 2010, como parte de seu trabalho de mestrado, do Programa de PĂłs- Graduação em Epidemiologia da Universidade Federal de Pelotas. Nas entrevistas, foram considerados como indivĂduos “ativos” aqueles que relataram, na semana anterior a entrevista, ter feito pelo menos 150 minutos de atividades fĂsicas no lazer. Este critĂ©rio Ă© utilizado em várias pesquisas por ser considerado o tempo mĂnimo necessário para trazer benefĂcios Ă saĂşde. O apoio de familiares e amigos para fazer exercĂcios fĂsicos, chamado de suporte social, foi avaliado atravĂ©s do incentivo e do convite dos familiares e/ou dos amigos para caminhar ou praticar atividades fĂsicas de intensidade moderada ou forte, e, ainda, o professor avaliou se os amigos e os familiares faziam essas atividades com os entrevistados. Os resultados mostraram que quem recebeu suporte social foi, em mĂ©dia, duas vezes mais ativos do que quem nĂŁo recebeu apoio dos familiares ou dos amigos. O grupo dos homens mais jovens (entre 20 e 39 anos) foi uma exceção. Para eles, o suporte social da famĂlia nĂŁo foi tĂŁo importante para praticarem atividades fĂsicas no lazer. AlĂ©m disso, o estudo mostrou que o suporte social dos amigos foi sempre mais relevante para a prática de atividade fĂsica do que o fornecido pelos familiares.Com estes dados, o estudo destaca a necessidade de se criar estratĂ©gias de intervenção que promovam a prática regular de atividades fĂsicas, tĂŁo importantes para a manutenção do bem estar fĂsico e mental. Iniciativas que promovam a prática conjunta com familiares e amigos sĂŁo extremamente relevantes, assim como a criação ou manutenção de espaços pĂşblicos para que as pessoas possam constantemente se exercitar. AlĂ©m disso, Ă© fundamental a população saber que o incentivo e o convite para a prática de atividade fĂsica já trazem resultados positivos. A prática regular de exercĂcios, alĂ©m de promover a socialização entre os indivĂduos, atua como fator preventivo de doenças como hipertensĂŁo, diabetes, osteoporose, alguns tipos de câncer e doenças cardiovasculares. É preocupante o fato de que em Pelotas a prática de atividade fĂsica Ă© cada vez menor.
ARTIGO
Association between social support and leisure-time physical activity in adults
RESUMO: To explore the association between social support from family and friends and the practice of leisure-time physical activity (PA) in adults (≥20 years old).
Methodology: Population-based, cross-sectional study, conducted in Pelotas/RS. The sampling process occurred in multiple stages. Leisure-time PA was measured with the long version of the International Physical Activity Questionnaire. Those who reported an PA practice of ≥150 minutes on the week before the interview were considered active. Specific estimates for walking and moderate and vigorous PA (MVPA) were performed. Social support was collected with a Social Support Scale for PA and different exposure variables were built according to the sources of support (family or friends), levels of exposure and type of PA practice. The developed analysis was stratified by sex. For the association between social support and PA a Poisson regression was used with robust adjustment of variance. Complementary analysis stratified the sample in two age groups (20-39 years old and ≥40 years old).
Results: There was a strong association between social support and leisure-time PA in adults (RP≥ 2,0). Considering the walks, prevalence ratios between men were lower than the ones between women. Restricting the analysis to MVPA, the greatest risk measures belonged to male. Comparing the studied sources of social support, the magnitude of the association was always greater with the support from friends in relation to the social support from family, independent of the PA type. However, the effect on the individuals was even more important when the social support was provided simultaneously by family and friends.
Conclusion: It stands out the importance of different types of support for leisure-time PA practice. It is believed that the interventions based on the mobilization of individuals and their social environment will have greater effectiveness power in the promotion of active lifestyles.
Palavras-chave: Physical activity; social environment; social support; crosssectional; study; adults