Aluno:Shana Ginar da Silva
Título: Atividade FÃsica na gestação e desfechos de saúde materno-infantil: Coorte de nascimentos de 2015
E-mail:sginar@gmail.com
Área de concentração:
Orientador:Pedro Hallal
Banca examinadora:Airton Rombaldi, Andrea Damaso e Helen Gonçalves
Data defesa:31/01/2017
Palavras-chave:Coorte 2015
Nos últimos anos, é crescente o interesse na prática de atividade fÃsica na gestação dado os potenciais benefÃcios desse comportamento à saúde da mãe e do bebê. Os primeiros estudos nessa temática centravam-se nos possÃveis danos oferecidos à saúde do feto. No entanto, essas hipóteses não foram comprovadas ao longo do tempo. Apesar da evidência positiva e dos substancias avanços nas recomendações, o padrão de atividade fÃsica na gestação é baixo comparado à mulheres não grávidas. Além disso, para alguns desfechos de saúde materna e infantil, como pré-eclâmpsia e peso ao nascer, o real efeito da atividade fÃsica ainda não está totalmente esclarecido. No que se refere ao padrão e determinantes, a avaliação de correlatos associados à atividade fÃsica na gestação é importante para a elaboração e planejamento de polÃticas públicas no perÃodo pré-natal. Sendo assim, essa tese foi efetivada por uma combinação de um componente observacional composto pela descrição do padrão e correlatos relacionados à atividade fÃsica mensurada por um método objetivo durante a gestação, e um componente experimental relacionado a um ensaio controlado randomizado (ECR) aninhado à coorte de nascimentos de 2015, além de uma revisão sistemática e meta-análise sobre o efeito da atividade fÃsica na gestação sobre a saúde materna e infantil. Resultados da meta-análise de ECR’s indicaram que atividade fÃsica realizada no domÃnio de lazer foi associada à redução no ganho de peso gestacional, a menor incidência de diabetes gestacional, e maior probabilidade de ter um bebê dentro dos padrões normais de crescimento. Já a meta-análise, aplicada aos estudos de coorte, consolidou as evidências para ganho de peso e diabetes gestacional, e mostrou que a atividade fÃsica de lazer esteve relacionada à redução na incidência de partos prematuros. O segundo artigo desta tese, revelou baixos nÃveis de atividade fÃsica, mostrando que a população de mulheres grávidas gasta, em média, 15 e 0,7 minutos por dia em atividades fÃsicas moderadas a vigorosas (AFMV) e em atividade vigorosas, respectivamente. Além disso, importantes diferenças foram evidenciadas quando comparado à s médias de atividade fÃsica total (expressa em média de aceleração) e AFMV (minutos/dia) em relação à s caracterÃsticas sociodemográficas, comportamentais e de história reprodutiva. No terceiro artigo, foi avaliado o efeito de um programa, de 16 semanas de exercÃcios fisicos, realizado durante a gestação sobre desfechos de saúde materna e infantil. A principal conclusão do ECR foi que o exercÃcio fÃsico não afeta negativamente a saúde do recém-nascido como prematuridade e baixo peso ao nascer. Além disso, a intervenção não confirmou os benefÃcios do exercÃcio fÃsico na prevenção de ganho de peso, diabetes gestacional e pré-eclâmspia. Em suma, os achados desta tese fornecem evidências importantes em relação ao padrão e determinantes da atividade fÃsica realizado no perÃodo gestacional, assim como evidencia que o exercÃcio fÃsico não impacta negativamente na saúde do bebê.
Palavras-chave: Epidemiologia; Atividade FÃsica; Gestação; Saúde materno-infantil;
ExercÃcio FÃsico; Ensaios controlados randomizados; Estudos de coorte 10
ABSTRACT
During the last years, a growing interest in the potential beneficial effects of physical activity during pregnancy for both mother and offspring has emerged. Early studies on this topic focused on possible harm to maternal and fetal health. However, these assumptions have not been proven over time. Despite the positive evidence and evolution of the guidelines to promote physical activity in pregnancy, prior studies have shown that low levels of physical activity during pregnancy compared to those non-pregnant women. In addition, the effect of physical activity on pre-eclampsia and birth weight is still unclear. It is important to investigate patterns and correlates associated to physical activity during pregnancy for planning interventions and public polices in prenatal care. Thus, this dissertation was designed with a combination of an observational component including a description of the pattern and correlates related to physical activity measured by an objective method and an experimental component related to a randomized controlled trial (RCT) nested in the 2015 Pelotas (Brazil) birth cohort study. This dissertation also included a systematic review and meta-analysis on the effect of physical activity during pregnancy on maternal-child health. The meta-analysis of RCTs indicated that participation in leisure-time physical activity (LTPA) was associated with lower weight gain during pregnancy, lower likelihood of gestational diabetes mellitus, and lower likelihood of delivering a large-for-gestational-age infant. Cohort studies confirmed the results for gestational weight gain and gestational diabetes, and it showed a lower risk of preterm delivery. In the second paper, we showed low levels of physical activity Pregnant women spent on average 15 and 0.7 minutes a day in moderate to vigorous physical activities (MVPA) and in vigorous activity, respectively. Important differences were found regarding correlates. In the third paper, we evaluated the effect of a supervised exercise-based intervention performed during 16 weeks of pregnancy on maternal-child health. The main finding of this study was that exercise program does not present any adverse impact on newborn health such as preterm birth and low birth weight. Our study did not confirm the positive effects of exercise during pregnancy on gestational weight gain, gestational diabetes and pre-eclampsia. In summary, the findings of this dissertation provide important evidence regarding the pattern and determinants of physical activity performed during pregnancy, as well as evidence that the exercise does not negatively impact on newborn health.
Keywords: Epidemiology; Physical activity; Pregnancy; Maternal-child health; Physical exercise; Randomized controlled Trial; Cohort studies.