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Teses e Dissertações


2023


Aluno:Indiara da Silva Viegas

Título: Tabagismo entre mulheres: tendências e desigualdades em 28 países de baixa e média renda

E-mail:

Área de concentração:

Orientador:Fernando César Wehrmeister

Banca examinadora:Ana Baptista Menes e Suzana Tanini.

Data defesa:30/05/2023

Palavras-chave:

O trabalho tem como objetivo avaliar a evolução temporal (2000-2019) da prevalência e desigualdades no tabagismo entre mulheres adultas de 20 a 49 anos que residem em países de baixa e média renda. Dados dos inquéritos Demographic and Health Surveys (DHS) e Multiple Indicator Cluster Survey (MICS) de 28 países foram utilizados. Nos inquéritos MICS, o tabagismo foi definido pelo uso de algum produto derivado do tabaco pelo menos uma vez no último mês; já nos inquéritos DHS, foi definido pelo uso de tabaco todos os dias ou alguns dias. As variáveis de estratificação utilizadas foram nível socioeconômico (quintis de riqueza), escolaridade (anos de estudo) e área de residência (urbana/rural). Para descrever as desigualdades, foram utilizados gráficos do tipo equiplot. Para a variável quintis de riqueza, foram apresentados o Slope Index of Inequality e o Concentration Index como medidas de desigualdade absoluta e relativa, respectivamente. Nepal (2001) e Madagascar (2018) apresentaram as maiores prevalências de tabagismo: 28,8% (IC95%: 26,8; 30,9) e 14,8% (IC95%: 13,8; 15,8). Em 23 dos 28 países, as maiores prevalências de tabagismo estavam entre as mulheres mais pobres. Dezessete países analisados apresentaram mudanças significativas na desigualdade absoluta e 12 países apresentaram mudanças na desigualdade relativa. O Nepal apresentou a maior variação anual absoluta entre as mulheres mais pobres e Namíbia entre as mais ricas, com uma redução de -1.7p.p. (IC95%: -1.9; -1.5) e -0.6p.p. (IC95%: -0.9; -0.4) ao ano, respectivamente. Os resultados podem contribuir para o monitoramento do uso de tabaco e embasar o direcionamento de políticas públicas para sua redução.


Palavras-chave:Epidemiologia;Mulheres;Tabagismo;Desigualdades em saúde


Abstract

This paper aimed to evaluate the trends (2000-2019) in prevalence and inequalities in smoking among women aged 20 to 49 years living in low- and middle-income countries. Data from the Demographic and Health Surveys (DHS) and the Multiple Indicator Cluster Survey (MICS) from 28 countries were used. In MICS surveys, smoking was defined as using any tobacco product at least once in the last month, while in DHS surveys it was defined as using tobacco every day or some days. Analyses were stratified according to socioeconomic level (wealth quintiles), education (years of study) and area of residence (urban/rural). Equiplots were used to describe the inequalities, and the Slope Index of Inequality (absolute) and the Concentration Index (relatives) were estimated as inequality measures. Nepal (2001) and Madagascar (2018) had the highest prevalence of smoking: 28.8% (95%CI: 26.8; 30.9) and 14.8% (95%CI: 13.8; 15.8), respectively. In most countries (23 out of 28 countries), the highest prevalence of smoking was observed among the poorest women. Seventeen countries experienced significant changes in absolute inequality and 12 countries experienced changes in relative inequality. Nepal had the highest absolute annual reduction in smoking among the poorest women and Namibia among the richest, with a reduction of -1.7p.p. (95%CI: -1.9; -1.5) and -0.6p.p. (95%CI: -0.9; -0.4) per year, respectively. Our results can contribute to monitoring tobacco use and support the design of public policies for its reduction.


Keywords:Smoking;Women;Health inequalities


Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia - Centro de Pesquisas Epidemiológicas